"Na
hora da saudade, da tristeza, do desamparo, é com ele que contamos:
o tempo. Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela
ideia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que
já partiu de nossas vidas. No entanto, tudo o que nos invadiu com
intensidade, tudo o que foi realmente verdadeiro e vivenciado
profundamente não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez
em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar da sua existência. O
grande segredo é não se estressar com este inquilino incômodo,
deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para
outros acontecimentos."
domingo, 17 de novembro de 2013
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